Senhor delegado do ministério público: Suicidei-me!... Não culpe ninguém pela minha morte, deixei essa vida porque um dia à mais que eu vivesse, acabaria por morrer louco!
Eu explico-lhe: Tive a desdita de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha; se soubesse isso, jamais teria casado. Meu pai para maior desgraça era viúvo, e quis a fatalidade que se enamorasse e casasse com a filha da minha mulher.
Resultou daí que a minha mulher se tornou sogra do meu pai. A minha enteada ficou a ser a minha mãe e o meu pai ao mesmo tempo meu genro!
Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança, que veio a ser meu irmão, porém neto da minha mulher, que fiquei a ser avô do meu irmão. Com o decorrer do tempo, a minha mulher pôs também no mundo um menino, que como irmão da minha mãe, era cunhado do meu pai, e meu tio, passando a minha mulher ser a nora da própria filha.
Eu, senhor delegado, fiquei a ser pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos, a minha mulher, ficou a se minha avó, já que era mão da minha mãe, assim acabei sendo avô de mim mesmo.
Portanto antes que a coisa se complicasse mais, resolvi acabar com tudo de uma vez!
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